segunda-feira, 15 de setembro de 2008

ESTUDANTE DIGITAL

Diferenças no nível de compreensão e de aprendizagem do estudo de um documento apresentado em formato eletrônico em relação ao texto impresso em papel.

Nos livros, jornais e revistas impressos normalmente as leituras são feitas de forma linear, mesmo que nada impeça que essa leitura seja feita saltando algumas páginas ou consultando bibliografias paralelas, o que prevalece é a leitura na seqüência pré-determinada. Já nas leituras dos textos em formato eletrônicos, nos hipertextos, cada leitor faz suas escolhas nos caminhos a serem percorridos, isso faz com que a leitura se torne mais interessante, pois numa mesma tela podemos ter textos, sons e imagens de forma quase instantânea através de links. Apenas uma ressalva, como os hipertextos oferecem múltiplas seqüências é necessário que o leitor mantenha uma lógica na sua leitura, procurando não perder de vista o foco principal.

Segundo Lévy, o informata e matemático Vannevar Bush, em 1945 já concebia o fato de que a cognição humana não funciona de forma hierarquizada seqüencial, para ele o pensamento e a memória humana funcionam de maneira múltipla, interconectada, sendo assim observa-se que o hipertexto tem história recente, mas possui fundamentos antigos.

A maior diferença que percebo entre o texto impresso em papel e o hipertexto é na forma como eles podem atingir o conhecimento do leitor, normalmente com o texto impresso o leitor acaba não procurando outras fontes de informação considerando assim essa leitura linear pronta, com o hipertexto ele encontra a facilidade de através de um clic ir organizando as informações da forma como melhor lhe convier, assim acontece a aprendizagem colaborativa que vem por descoberta através de um processo de busca adequando-se as diferenças individuais.

Podemos então pensar que os problemas de aprendizagem acabaram? Nada disso, o americano Mark Baverlein, em entrevista à revista Superinteressante de setembro/2008 diz que estamos diante da “geração mais burra” já existente, fala dos estragos que a era tecnológica tem causado nos jovens. Contrapondo com essa reportagem na mesma revista o filósofo David Weinberger afirma que os jovens nunca foram tão inteligentes e o responsável por isso são os benefícios do computador. Assim, vejo que o hipertexto trás muitos benefícios para que aconteça melhor a sua compreensão, mas é preciso que o leitor tenha uma meta traçada para que consiga a aprendizagem.

Referências:

Texto e leitura hipertextual: novos produtos, velhos processos, Ana Elisa RIBEIRO

Universidade Federal de Minas Gerais, em: <http://rle.ucpel.tche.br/php/edicoes/v9n2/01Ribeiro.pdf> acesso feito em 10/09/08

Hipertexto: Outra Dimensão para o Texto, Outro Olhar para a Educação

DIAS, Maria Helena Pereira – PUCCAMP

<http://www.anped.org.br/reunioes/27/gt16/t168.pdf> acesso feito em 10/09/08

Nenhum comentário: